Já imaginou ter uma profissão que te permite estabilidade, morar em diversos países e um salário inicial em torno de R$19 mil reais? A carreira diplomática fornece todas essas vantagens e é, sem dúvidas, uma das que mais encantam os olhos de quem sonha em ser servidor público.
Aqui no Clipping você encontra tudo o que precisa para passar no concurso, com uma experiência completa de preparação para candidatos de todos os níveis. Mas como nem só de estudos, conteúdo programático e questões vive você, CACDista, é preciso também saber sobre como será a sua vida como diplomata.
Neste texto, o Clipping esclarece as principais dúvidas que você, aspirante à carreira diplomática, NÃO pode subestimar.
Use o índice abaixo para ser direcionado à sua dúvida:
- Qual é o processo para um diplomata ir para o exterior?
- Diplomata pode trabalhar dentro do Brasil?
- Como funciona a classificação dos postos no exterior?
- O diplomata pode escolher o posto?
- Quanto tempo um diplomata fica no exterior?
- Quais são os países que o Brasil tem postos?
Qual é o processo para um diplomata ir para o exterior?
Depois de assinar o Clipping, estudar com a ajuda das nossas ferramentas e passar no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD), você tomará posse do cargo de Terceiro-Secretário. Os cargos na carreira são, hierarquicamente, os seguintes:
- Terceiro-Secretário;
- Segundo-Secretário;
- Primeiro-Secretário;
- Conselheiro;
- Ministro de Segunda Classe e
- Ministro de Primeira Classe (Embaixador).
Uma vez empossado no cargo de Terceiro-Secretário, seu local de trabalho será o Instituto Rio Branco (IRBr). O Instituto Rio Branco é responsável por selecionar, formar e aperfeiçoar um corpo de servidores coeso, coerente com a tradição da política externa brasileira.
Dentro do IRBr, você e os demais colegas também aprovados no CACD irão fazer parte do Curso de Formação de Diplomatas.
O Curso de Formação de Diplomatas, em seu formato atual, pode ter duração de três ou quatro períodos letivos, constituindo a condição para a confirmação do servidor como diplomata no Serviço Exterior Brasileiro.
Concluído o Curso de Formação, é hora de decidir onde atuar: no Brasil ou no exterior.
Diplomata pode trabalhar dentro do Brasil?
É importante entender que uma pessoa diplomata não necessariamente precisa estar alocada no exterior para desempenhar seu trabalho. Pelo contrário, trabalho é o que não falta para quem está em Brasília.
São inúmeras as possibilidades de atuação no território brasileiro.
O Cerimonial, por exemplo, é um dos setores no qual a pessoa diplomata pode trabalhar em território brasileiro e tem o leque de atribuições é o mais diversificado no Itamaraty.
A pessoa diplomata que trabalha no setor do Cerimonial pode atuar na organização dos eventos públicos que digam respeito ao relacionamento do Brasil com outros Estados – desde a entrega de credenciais de Embaixadores estrangeiros até a organização de encontros de Chefes de Estado e de Governo.
O trabalho do diplomata dentro do Brasil não está dividido em “postos”, ao contrário do diplomata que serve no exterior. Mas você sabe quais divisões são essas?
Como funciona a classificação dos postos no exterior?
No exterior, uma pessoa diplomata é lotada em repartições do Itamaraty chamadas de postos.
Os postos são classificados em 4 tipos: A, B, C e D. Essa classificação é feita por ato do Ministro das Relações Exteriores, de acordo com 3 fatores:
- o grau de representatividade da missão;
- as condições específicas de vida na sede;
- conveniência da administração.
Por exemplo: os postos “A” significam cidades com boas condições de vida, situadas, geralmente, em países desenvolvidos, como os da Europa Ocidental e da América do Norte. Já os postos “D” podem apresentar peculiaridades no que se refere à estrutura e condições de risco.
O diplomata pode escolher o posto?
Sim e não.
De acordo com a Lei nº 11.440/ 2006:
Art. 12. Nas remoções entre a Secretaria de Estado e os postos no exterior e de um para outro posto no exterior, procurar-se-á compatibilizar a conveniência da administração com o interesse funcional do servidor do Serviço Exterior.
Mas fique atento(a)! Apesar de o diplomata não ser obrigado a ir para um determinado posto, existem regras para sua atividade no exterior quanto ao local da sua atuação.
Quanto tempo um diplomata fica no exterior?
A carreira diplomática é extremamente tentadora para quem quer viajar, nós sabemos. No entanto, enquanto profissional que atua em nome da sociedade brasileira e pela defesa dos interesses nacionais, a diversificação nos postos de atuação é extremamente importante.
A política de remoção do Ministério das Relações Exteriores conta com mecanismos que possibilitam o revezamento dos diplomatas entre postos de diversas categorias. De acordo com a Lei 11.440/2016, você precisa ter em mente que:
I – os que estiverem servindo em posto do grupo A somente poderão ser removidos para posto dos grupos B, C ou D;
II – os que estiverem servindo em posto do grupo B somente poderão ser removidos para posto dos grupos A ou B; e
III – os que estiverem servindo em posto dos grupos C ou D somente poderão ser removidos para posto do grupo A.
Em quais países o Brasil tem postos?
A Rede Diplomático-Consular brasileira é uma das maiores do mundo. No entanto, não há Representação do Brasil em todos os países do globo.
Nos países sem embaixada ou consulado brasileiro, os serviços diplomáticos serão prestados à distância, a partir da Embaixada ou do Consulado brasileiro em algum outro país que seja responsável pela jurisdição consular do local em questão.
Confira abaixo um mapa que destaca os países com representação diplomático-consular brasileira:
