No dia 25 de novembro de 2021, cinco mulheres diplomatas foram aprovadas pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado brasileiro para exercerem o cargo de Embaixadoras no exterior.
O que pode parecer um acontecimento simples, um trâmite do dia-a-dia relativo à promoção de cargos dentro do Itamaraty, na verdade carrega grande significado para a diplomacia brasileira.
Nossa primeira diplomata ingressou na carreira somente em 1918. Para que o Brasil tivesse sua primeira embaixadora, posto mais alto da carreira diplomática, foram necessários mais 38 anos, em 1956.
O sonho de tornar-se diplomata está atrelado a uma série de desafios, como anos de estudos, dificuldade do concurso, remoção para o exterior e afins. Para além desses fatores, outras questões – relacionadas à vida pública e à privada -, são apontadas como empecilhos para que mais mulheres ingressem na carreira. Há ainda o machismo da sociedade brasileira, impedindo que homens e mulheres tenham acesso às mesmas oportunidades.
Todavia, o Itamaraty tem-se tornado cada vez mais atento quando o assunto é a presença feminina na carreira diplomática. Pensando nisso, iremos abordar os desafios e os avanços das mulheres na diplomacia brasileira, além de trazer várias trajetórias e vivências no Itamaraty. Confira!
Os primeiros passos: Quem foram pioneiras?
A carreira diplomática é historicamente masculina, mas diversos acontecimentos jogaram luz à questão de gênero no Itamaraty. E esses eventos, tiveram grandes protagonistas! Ninguém mais, ninguém menos que Maria José de Castro Rebello Mendes, Bertha Lutz, Odette de Carvalho e Souza, entre muitas outras que também podemos tomar como inspiração.
Maria José de Castro Rebello Mendes marcou a história ao se tornar a primeira mulher diplomata e servidora pública do Brasil. O título tão importante que ela carrega foi conquistado com muitos desafios.
Em 1918, Rebello Mendes teve sua inscrição no concurso negada e precisou recorrer para conseguir fazer o exame. Na época, o então ministro Nilo Peçanha autorizou a participação, mas com ressalvas.
O episódio rendeu várias reações tanto positivas quanto negativas na imprensa da época. Apesar do cenário desfavorável, Rebello Mendes – não apenas se consagrou diplomata -, mas classificou-se em primeiro lugar no concurso.
Nas fotos: Maria José de Castro Rebello Mendes, que ingressou no Itamaraty como a primeira mulher diplomata, em 1918. pic.twitter.com/DaGD1ZLZP4
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) March 8, 2015
Após Maria José de Castro Rabello, outras 18 mulheres ingressaram na carreira diplomática entre 1919 e 1938. Apesar desse aumento, a Reforma Mello Franco, de 1931, introduziu nova barreira às mulheres no Itamaraty. A carreira diplomática passou a ser exclusiva para homens, enquanto as mulheres teriam de contentar-se com a carreira consular.
Em 1938, as duas carreiras se uniram no que ficou conhecido como Reforma Oswaldo Aranha, expressa pelo Decreto-lei nº 791, de 14 de Outubro de 1938. Apesar disso, o documento ainda estabeleceu que a carreira diplomática era apenas para homens.
O Decreto-lei 9.202 de 1946 reforçou essa condição ao afirmar: “No referido curso e na seleção de diplomatas só poderão inscrever-se brasileiros natos, do sexo masculino […].”
Anos depois, “as saias irrompem no Itamaraty*”. Em 1952, Maria Sandra Cordeiro de Mello foi aprovada no concurso, mas impedida de iniciar os estudos no Instituto Rio Branco. No ano seguinte, ela conseguiu efetivar a admissão após liminar que a ajudou a frequentar as aulas.
A passos lentos, a participação feminina foi ganhando força. A Lei nº 2.171, de 1954, revogou o artigo do Decreto-lei 9.202/1946, de forma que a redação passou a ser: “Ao ingresso na classe inicial da carreira de Diplomata são admitidos os brasileiros natos, sem distinção de sexo […]”.
Outro marco importante de ser ressaltado é o fim da diferença salarial entre homens e mulheres no MRE, que data de 1996.
Em meio a avanços e retrocessos, o Itamaraty também contou com diversas outras mulheres ilustres. É possível citar:
- Odette de Carvalho e Souza, primeira mulher a alcançar o cargo de embaixadora, em 1956;
- Thereza Maria Machado Quintella, primeira mulher a ser diretora do Instituto Rio Branco, de 1987 a 1991;
- Monica de Menezes Campos, primeira diplomata negra;
- Maria Luiza Ribeiro Viotti, primeira mulher a ser embaixadora do Brasil na ONU, entre 2007 e 2013;
- Além disso, as diplomatas Viviane Rios Balbino e Laura Delamonica escreveram obras sobre a questão de gênero no Itamaraty.

A união faz a força
Já no ano seguinte, ocorreu a mobilização de mais de 200 mulheres para a criação de um comitê de combate a discriminação de gênero e raça no Ministério das Relações Exteriores. Efetivado em setembro daquele ano. Conforme o Diário Oficial da União de 23/09/2015 (nº 182, Seção 1, pág. 41):
Art. 1º – O Comitê Gestor de Gênero e Raça (CGGR), instituído pela Portaria nº 491, de 12 de setembro de 2014, e reestruturado pela Portaria nº, de julho de 2015, ambas do Ministro de Estado das Relações Exteriores, atua como instância colegiada, de caráter consultivo, com o objetivo de coordenar, no âmbito do Ministério das Relações Exteriores, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça (PPEGR), de acordo com as competências abaixo descritas.

Como inserir mais mulheres na carreira diplomática?
A resposta para esta pergunta não é nada simples. A participação feminina tem sido tema de discussões – entre diplomáticas e até no meio acadêmico, há anos. No final da matéria, deixaremos algumas indicações para você se aprofundar no assunto.
Mas existe um ponto de partida para inserir mulheres na diplomacia: ouvi-las. Por isso, o Clipping conversou com CACDistas e com as diplomatas Amena Martins e Irene Vida Gala.
Amena Martins Yassine, é diplomata de carreira há quase 14 anos. No Brasil, ela foi assessora do Ministro de Estado das Relações Exteriores e do Secretário-Geral das Relações Exteriores. Serviu na Delegação Permanente do Brasil junto às Nações Unidas e, em seguida, foi cedida para o Gabinete do Presidente da 72ª Sessão da Assembleia Geral. Em sua trajetória na ONU, Amena, foi a primeira diplomata brasileira a chefiar a unidade de paz e de segurança da Assembleia Geral. Atualmente, encontra-se na Embaixada do Brasil em Sófia, como coordenadora política.
Irene Vida Gala, é diplomata há quase 38 anos. Sua carreira é marcada pela sua especialidade. Desde o seu ingresso na carreira diplomática, Gala direcionou seus estudos e esforços para temas africanos. Trabalhou com temas africanos no Brasil e no exterior. Serviu em postos como Nova York, Lisboa, Roma e muitos outros, além de ter chefiado a Embaixada do Brasil em Gana. Atualmente, é subchefe do Escritório de Representação do Itamaraty, em São Paulo.
Toda a jornada começa com uma motivação! Portanto, esse foi o primeiro ponto que buscamos entender. As respostas dadas pelas CACDistas ouvidas pelo Clipping foram bem diversas, mas destacam-se:
- O desejo de servir o país e impactar a vida das pessoas;
- O interesse sobre política externa brasileira, bem como temas relacionados à ela como história, economia, política, relações internacionais e afins;
- As características da carreira diplomática, como a progressão na carreira, a possibilidade de morar no exterior, as temáticas tratadas pelo Itamaraty e pelo Instituto Rio Branco.
A preparação para o CACD é muito particular. Amena nos contou que sua decisão para seguir a carreira diplomática ocorreu logo no início de sua graduação em Relações Internacionais. Ela estudava para o concurso enquanto estava na faculdade.
A Embaixadora Irene elencou seu interesse pelas áreas de política, línguas e pelo ambiente internacional e contou que:
“O determinante para mim foi uma entrevista em um escritório de advocacia, onde o entrevistador me perguntou o que eu seria se eu não fosse advogada. Então, eu falei que gostaria de ser diplomata, mas que a prova era muito difícil e que já tinha prestado e não tinha passado. Então ele disse que não me daria o emprego, e me disse que eu deveria prestar o Itamaraty porque eu tinha chances de passar”.
Essa situação a tirou da zona de conforto, e afirma que a motivação tem que ser um mínimo querer. “Eu costumo dizer pro CACDista o seguinte: a motivação ela existe ou não existe. Se existe um pensamento, o melhor é ir lá fazer a prova!”, afirmou.
A carreira diplomática é carregada de prestígio, por isso, não poderíamos deixar de investigar sonhos e anseios das CACDistas:
- Alcançar o topo da carreira, ou seja, se tornar Ministra de Primeira Classe (Embaixadora);
- O sonho de trabalhar em postos de prestígio, como a ONU;
- A busca de estabilidade financeira;
- Tornar-se a primeira Ministra das Relações Exteriores do Brasil.
Amena, que já assumiu postos em Nova York e Sófia, aborda sobre a responsabilidade e satisfação em representar um país. A diplomata reconhece a apreensão e desafios da carreira, mas garante que representar o Brasil é muito recompensador, e ainda acrescenta que a diplomacia brasileira é “respeitada mundo afora por sua qualidade e profissionalismo”. Sobre suas remoções para o exterior, e experiências em cargos de liderança no exterior, Irene comenta: “Até você chegar nos últimos degraus da carreira, as remoções são um processo muito rico. […] Tem uma música do Milton Nascimento que fala que a plataforma dos que chegam é a mesma dos que saem, e essa é a vida do diplomata. O dia que você saiu de algum lugar é também o dia que está chegando em outro, e isso é fantástico!”.
Por fim, ela conclui: “É ter em mente que: quando você é mais jovem, você está agregando conhecimento e experiência. Quando você é mais velho você já tem consciência de que você já tem um repertório que te habilita a atuar naquela posição”.
Quanto às inseguranças relativas às carreiras foram apontadas principalmente:
- Dificuldade na progressão de cargos ou falta de reconhecimento;
- Dificuldade de conciliar carreira e família.
Acerca das inseguranças, a diplomata Amena nos deixa um recado: “É normal ter insegurança, mas não deixe o medo sabotar seus sonhos. Existe lugar para as mulheres na diplomacia. Sou feliz e realizada com minha escolha profissional e encorajo a vocês a não desistirem e a persistirem. Foquem nos estudos e na saúde física e emocional”
A carreira de Irene é marcada pela sua especialidade. Desde o seu ingresso na carreira diplomática, Gala direcionou seus estudos para temas africanos e comenta que foi uma escolha estratégica. Sobre este ponto, ela deixou uma dica para CACDistas, ingressantes na carreira e até mesmo para estudantes de Relações Internacionais e áreas correlatas: “Procure áreas que estão na fronteira do conhecimento e que trabalhem temas que não são os cotidiano”.
“O que foi mais feliz na minha carreira foi ter feito uma opção que me permitiu ‘correr por fora’”. Ela comenta que, a decisão de se tornar especialista a permitiu ter uma carreira ágil e destaca que chegou ao topo da carreira cedo, além de ter se tornado a segunda mulher da sua turma a ser promovida Ministra de Primeira Classe.
Ela destaca que sua carreira não foi marcada pelo temor: Ela serviu em um país em guerra; aceitou uma remoção para Nova York antes de sua promoção.
E claro, a pergunta que não poderia faltar: Como incentivar outras mulheres a ingressar na carreira?
- A formação de grupos de apoio formado por mulheres durante a preparação e, posteriormente, durante o exercício da carreira, como o Mulheres Diplomatas Brasileiras;
- Mostrar, a partir de relatos de diplomatas, que é possível sim conciliar a carreira com a formação de família;
Sobre isso, a diplomata Amena Martins afirmou que ter um grupo de apoio é fundamental, e complementa que em sua experiência as redes de mulheres sempre ajudam, visto que esse espaço “compartilhamos nossas vulnerabilidades e em que nos ajudamos a vencer as barreiras comuns”.
Amena ainda nos conta que no seu primeiro dia de aula no Rio Branco, ela ficou fixada no retrato da Embaixadora Thereza Quintella, pois era a sua única referência de diplomata mulher, isso já depois de ter se tornado diplomata.
A pedido do Clipping, a Irene deixa suas palavras para inspirar todas as CACDistas: “O momento é nosso! Só que ele só vai se materializar se cada uma de vocês entrarem no jogo! […] Então, a minha palavra é: Está na sua mão entrar a fazer a diferença. Então estude e venha fazer parte do jogo! Estamos em um momento muito positivo, que o ambiente internacional nos favorece.”
O Itamaraty hoje
Hoje, o Itamaraty conta com 1552 diplomatas, dos quais cerca de 22,9% são mulheres, segundo informações do MRE. Das 356 mulheres diplomatas, apenas 40 atuam como Ministras de Primeira Classe. Os números demonstram que ainda são necessários esforços para se atingir a paridade de gênero no MRE e reforçam que é importante não apenas incentivar a entrada na carreira, mas também garantir oportunidades iguais de crescimento.
Apesar do cenário, cabe destacar os avanços conquistados pelas mulheres. O primeiro deles no âmbito institucional, com o abandono de obstáculos jurídicos e de políticas discriminatórias, conforme ressaltado pelo Itamaraty. Como já citado, tem-se ainda a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça.
Outro progresso diz respeito à maior participação em temas e áreas que são tradicionalmente masculinos, por exemplo, no âmbito da paz e da segurança internacionais.
Ademais, é notável que o número de mulheres professoras durante a preparação para o CACD vem crescendo nos últimos anos.
Sobre a questão das mulheres no Itamaraty, Irene Vida Gala comentou: “Eu sou de uma geração que lançou o debate sobre a questão das mulheres no Itamaraty. Antes de mim vieram colegas que lutavam por questões específicas associadas ao direito de servir junto ao marido, de poder ir ao exterior, de ter igualdade de salário. Essas eram questões bem associadas à gestão do fluxo de carreira de mulheres que se casavam. […] Só agora, é uma coisa da minha geração, a gente fala da questão das instâncias do poder dentro do Itamaraty”.
Recomendações de Conteúdo
É claro que o Clipping não poderia deixar de lado o que fazemos de melhor: uma curadoria de conteúdos. Quer entender ainda mais sobre o tema? Te ajudamos nisso! Fizemos uma lista de materiais para você ficar por dentro do assunto:
Leituras

1. Diplomata: Substantivo Comum de Dois Gêneros. Um Retrato da Presença Feminina no Itamaraty no Início do Século XXI – Viviane Rios Balbino
A primeira indicação de leitura é uma tese que se transformou em livro, escrita por Viviane Rios Balbino. Para organizar o livro, a diplomata analisou a participação das mulheres no CACD entre os anos 1993 e 2003, além de entrevistar funcionárias do Ministério das Relações Exteriores.
2. Minha História das Mulheres – Michelle Perrot
Agora, se você quer se aventurar pelas conquistas e percalços da vida das mulheres, vale acompanhar o trabalho da historiadora Michelle Perrot, considerada hoje uma das mais importantes pesquisadoras da história das mulheres.
3. Reportagem Intrusas no Lago dos Cisnes – Natália Shimada
A reportagem aborda duas diplomatas entrevistadas na revista Lady, em 1959, e como se deu a vida delas após a entrevista. São histórias ricas de experiências dessas mulheres ao longo da carreira, que nos mostram a dificuldade de ascensão na carreira e, claro, o preconceito. A reportagem foi feita para a Revista Juca: Diplomacia e Humanidade e publicada no ano de 2012.
4. Mulheres e Poder. Um Manifesto, da historiadora inglesa Mary Beard
O livro da historiadora inglesa Mary Beard é considerado um manifesto feminista que visa mostrar o fato das mulheres sempre serem impedidas de terem um papel de liderança na vida civil. Além de abordar como esse papel precisa ser reestruturado na sociedade atual. O livro é baseado em duas palestras proferidas por elas nos últimos anos.
5. Mulheres Diplomatas Brasileiras – Laura Berdine Santos Delamonica
Qual é o interesse das mulheres em seguir a carreira diplomática? A dissertação de mestrado em 2014 por Laura Delamonica buscou responder essa questão. Delamonica entrevistou diplomatas brasileiras não aposentadas para tentar compreender o papel da mulher na diplomacia. A dissertação é bem completa, traz temas como vida pública e privada, relações de poder e prestígio, feminismo e até expectativas e sugestões de melhoria para a instituição.
6. Tensões e Desafios do Feminino nos consagrados espaços masculinos – Maria Elena Bernardes
Essa é uma leitura rápida para quem quer entender o contexto da entrada da primeira diplomata mulher, Maria José de Castro Rebelo, em 1918. Esse artigo se propõe a fazer uma retrospectiva analítica nos transpondo para uma época em que o Itamaraty era um espaço estritamente masculino.
7. Mulheres Diplomatas no Itamaraty (198-2011): Uma análise de trajetórias, vitórias e desafio – Guilherme José Roeder Friaça
Aposto que você ficou curioso para saber em detalhes como a igualdade de gênero é tratada pelo Ministério das Relações Exteriores, certo? A partir do livro “Mulheres Diplomatas no Itamaraty (198-2011): Uma análise de trajetórias, vitórias e desafios”, de Guilherme José Roeder Friaça você terá uma ideia de como tudo funciona. Ele teve a ideia de realizar uma pesquisa aprofundada a partir dos documentos administrativos da instituição para entender a história das mulheres no Itamaraty, desde o ano de 1918 até 2011.
Vídeos
No Youtube, o Ministério das Relações Exteriores disponibilizou uma série de vídeos nos quais mulheres diplomatas contam sua trajetória até o Itamaraty:
Não poderíamos deixar de indicar o excelente documentário Exteriores, um projeto do Grupo de Mulheres Diplomatas.
Redes Sociais
Por fim, gostaríamos de te incentivar a seguir CACDistas e diplomatas mulheres nas redes sociais, e acompanhar seus trabalhos e vivências diárias no Itamaraty! Aqui vão algumas sugestões:
Acompanha mais algum? Compartilhe conosco!
O Clipping é a plataforma mais completa de estudos para quem quer ser diplomata, independentemente do nível. Nosso objetivo é democratizar o acesso ao CACD. Com isso em mente, demonstramos nosso total apoio e admiração a todas as mulheres CACDistas e diplomatas.
Agora é a sua vez! O que você falaria para uma mulher que deseja seguir a carreira diplomática? Mande nos comentários e vamos incentivá-las a embarcar nessa carreira.
*A expressão faz referência a matéria intitulada “Sandra quer ser diplomata – As saias irrompem no Itamarati”, publicada pela revista O Cruzeiro, em 1956. Fonte: Mulheres Diplomatas No Itamaraty (1918-2011), Guilherme José Roeder Friaça
