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Como foi a Terceira Fase do CACD 2022?

O que rolou nas provas discursivas da terceira fase do CACD 2022? Dos 6.464 CACDistas inscritos no CACD 2022, restaram 242 realizando as provas de Terceira Fase nos dias 27, 28 e 29 de maio. Enquanto o IADES não libera os cadernos de provas, compilamos as questões da prova de terceira fase do CACD 022 com algumas impressões iniciais.

  1. História do Brasil
  2. Geografia
  3. Política Internacional
  4. Economia
  5. Direito
  6. Espanhol e Francês

O intuito não foi esgotar as discussões sobre as questões, mas fazer circular entre a comunidade algumas impressões iniciais sobre os temas cobrados. Enjoy!

História do Brasil

Prova bem feita. Não foi fácil, mas justa para quem fez o dever de casa. Falhou o IADES em evitar questões com sobreposição temática? Essa tem sido uma das principais críticas à prova discursiva de História desse ano, de acordo com o Prof. João Daniel.

Dá o play no áudio do JD para ter uma visão geral sobre a prova.

Prova justa para candidatos bem preparados.
Prof. João Daniel

Concordam? Abaixo as questões com algumas impressões adicionais

Questão 1 de História

Primeiras impressões:

Questão histórica. Pela primeira vez, a banca cobra o período colonial em sentido estrito. Esclarecendo: não é exatamente novidade questões sobre tratados de limites no Brasil Colônia, embora faça já um um tempo que não cai nada nessa linha (a última questão versando sobre tratado de limites territoriais no século XVIII tinham caído no CACD 2009. Desde então nada nessa linha…

Questão 2 de História

Primeiras impressões:

As questões de cultura marcando presença novamente nas discursivas de HB pelo segunda ano seguido. Altamente provável que seja uma questão da lavra do mesmo examinador responsável pela questão 2 do CACD 2021 referente à trajetória da diplomacia cultural brasileira entre a Semana de Arte Moderna em 1922 e a PEI. Inclusive vários aspectos constantes na grade de correção da questão cobrada ano passado caberiam perfeitamente como elementos para explorar a questão esse ano.

No Brasil, o regime Vargas, especialmente após o golpe do Estado Novo, dará especial ênfase na relação entre cultura e política, propiciando o desenvolvimento de uma política externa cultural, ainda que bastante difusa entre órgãos como o Itamaraty, o Departamento de Imprensa e Propaganda e o Ministério da Educação e Saúde. (Q4 do Padrão de resposta da questão 02 de História do CACD 2021)

O desenvolvimento de meios de comunicação de massa, como o rádio e a televisão, permitiu maior circulação de elementos de cultura popular, apropriados e modulados pelo governo Vargas tanto para uso interno, como elemento de coesão social, quanto para uso externamente, como vetores de propaganda de um país em rápido desenvolvimento (Q5 do Padrão de resposta da questão 02 de História do CACD 2021)

O fim do Estado Novo permitiu a concentração, no Itamaraty, de ações de diplomacia cultural, que encontrou, no ambiente internacional do pós-guerra, uma concepção valorizativa da cultura como elemento de entendimento e concórdia entre as nações, simbolizado na criação da UNESCO. (Q7 do Padrão de resposta da questão 02 de História do CACD 2021)

Questão 3 de História

Primeiras impressões:

Questão com cara de cultura aqui também… A propósito, “vida acadêmica, científica e literária no Segundo Reinado” foi cobrado ano passado, curiosamente também na questão 3.

CACD 2021: Questão 3 da prova de Terceira Fase de História do Brasil
CACD 2022: Questão 3 da prova de Terceira Fase de História do Brasil

Curiosamente esse termo é repetido no enunciado de ambas questões. Embora o enfoque tenha sido a primeira metade do ´século XIX e construção da identidade nacional ano passado, neste ano a temática avança para o período subsequente dando destaque ao fim do século XIX no Brasil e o ocaso do império. Mesmo examinador em ambas? Possível e provável.

Questão 4 de História do Brasil

Primeiras impressões:

Difícil não repetir boa parte da resposta na questão 3 na questão 4. Geração de 1870, Manifesto Republicano, anos finais do Império, etc. As questões 3 e 4 versam praticamente sobre o mesmo tema e tem o mesmo recorte, o que favorecerá (ou penalizará) duplamente candidatos pela desenvoltura com o contexto intelectual e sociopolítico em fins do século XIX.

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Geografia

Prova difícil e desafiadora, mas ao mesmo tempo justa. Respeitou o programa de Geografia e os temas (migrações, urbanização, História do Pensamento Geográfico e globalização/reestruturação industrial pós-fordista) não são, nem um pouco surpreendentes.

No entanto, foi uma prova exigente seja pela excessiva demanda de informações para espaço exíguo seja pelo nível de detalhamento exigido de informações geográficas nem sempre dominada pelos candidatos.

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Questão 1 de Geografia

Questão 2 de Geografia

Essa questão de Amazônia foi exigente, mas rede urbana é um tema caro para geografia. Isso deixa claro que os CACDistas vão precisar conhecer mais de Território e Espaço Geográfico do país que vão representar.

Prof. João Felipe

Questão 3 de Geografia

Não é impossível, mas é incomum termos imagem como elemento motivador de provas discursivas no CACD. A banca de Geografia inovou em 2022. A imagem foi retirada deste site e pode ser acessada em alta qualidade aqui.

A questão de HPG tem uma característica que vem marcando a prova nos últimos anos. Uma questão que poderia ser para 90 linhas (não há mais na prova de Geo) ou 60 linhas e que foi colocada para 40 linhas. Além de conhecimento os candidatos foram obrigados a ter grande capacidade de síntese. Os CACDistas de 2023 têm que se preocupar com isso para o próximo concurso.

Prof. João Felipe

Questão 4 de Geografia

Política Internacional

Líbano marcando presença de novo na Terceira Fase? 😱

Uma mescla de temas já “fora de moda” e outros pertinentes às atualidades internacionais?

Segundo o professor Tanguy Baghdadi, a prova de 2022 surpreendeu! O professor ressalta o fato de as quatro questões envolviam temas relacionados à segurança internacional. Apesar disso, as questões não se distanciaram muito do que era esperado de uma prova de PI. 

Questão 1 de PI

Primeiras impressões:

“Responsabilidade de proteger” (vulgo R2P) surprende por ser um tema já extensivamente cobrado em CACDs anteriores. Tanto sua evolução conceitural histórica quanto aplicação no caso da Líbia já foram objetos de questões discursivas. Lembrando que a prova de redação de Português de 2012 cobrou um texto dissertativo sobre a “responsabilidade de proteger” no contexto em que o tema estava quente em virtude da intervenção na Líbia. E no mesmo contexto, um ano antes, em 2011, o tema cai incidentalmente 2 vezes nas provas discursivas. Inicialmente, na prova de Pol´ítica Internacional que cobrava uma resposta de 90 linhas sobre a votação da Res. 1.973 do CSNU em que o Brasil se absteve sobre o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Dias depois na prova de Direito Internacional, onde uma questão solicita que o candidato se posicione sobre um debate acerca do uso da força nas relações internacionais. Em ambos os casos “responsabilidade de proteger” é citada como elemento incontornável em boa parte dessas respostas.

a soberania moderna arvora-se em um binômio direito-dever: direito de agir de forma independente no cenário internacional, sempre observado o compromisso com a paz e os direitos humanos. (…) Este foi o entendimento da Assembleia Geral da ONU ao editar a Resolução 60/01, de 2005, adotando a doutrina da responsabilidade de proteger. (Guia de Estudo 2012 – resposta de João Guilherme Fernandes Maranhão à questão 1 de DIP do CACD 2011)

O Brasil pauta-se, historicamente, na defesa da não intervenção. Verifica-se, nessa lógica, a preocupação da diplomacia nacional com a extrapolação da responsabilidade de proteger e com as potenciais implicações negativas que esse conceito causaria para a paz. O país, por conta desses receios, absteve-se de apoiar a Resolução 1973 do Conselho de Segurança, adotada em 2011, que permitiu a intervenção multilateral na Líbia. (…) Ao proferir o primeiro discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU realizado por uma mulher, a presidente Dilma Rousseff defendeu a “responsabilidade ao proteger”, perspectiva que aponta para o uso prioritário dos meios pacíficos na redução de conflitos e para a interdependência entre segurança, direitos humanos e desenvolvimento

Uma composição de argumentos usados por candidatos em edições anteriores do CACD bastariam para compor o core de uma sólida resposta à questão.

Além disso…

Teve uma questão muito parecida com essa em 2011. 

Tanguy Baghdadi 

Questão 2

Primeiras impressões:

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Questão 3

O terceiro quesito dessa questão provavelmente assustou muitos candidatos. Entretanto, aqueles mais preparados provavelmente tinham em mente que nenhuma pessoa que estava ao seu lado tinha lido o Acordo de Cooperação entre Brasil e Angola. Trabalhar em termos mais genéricos acordos que envolvem temas de Defesa e Segurança pode ter sido uma boa saída.

O que surpreende, no entanto, é o terceiro item. […] Isso aqui torna a questão muito específica.

Tanguy Baghdadi  

O professor também reforça o alto nível de especificidade do quarto item desta questão também. 

Questão 4

Se Líbano marcou presença logo na Questão 1 (90 linhas) em 2021, neste ano o tema foi um pouco mais específico, desta vez em uma questão de 60 linhas.

Esse tipo de questão mostra a importância de ficar atento às atualidades, visto que o Brasil deixou o comando marítimo da UNIFIL em 2020.

Economia

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Questão 1 de Economia

A primeira questão já saiu arrancando o couro dos candidatos. Logo no primeiro tópico exigido, cobrou-se as características de um tema que é sobretudo aos autores citados (Simonsen e Werlang), e que é pouco tratado na teoria econômica em geral.

Questão 2 de Economia

Questão que tentou inovar, e exigiu jogo de cintura dos candidatos.

O examinador pediu uma análise contrafactual de um argumento trazido no próprio excerto.

É possível abordar o tema a partir de diversas perspectivas.

Questão 3 de Economia

Questão com tema batido e que não deve ter assustado muitos candidatos.

Questão 4 de Economia

Novamente uma questão que não fugiu muito do padrão que já era exigido em terma de Microeconomia.

Direito

Questão 1

Primeiras impressões:

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Questão 2

Primeiras impressões:

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Primeiras impressões:

Primeiras impressões:

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Questão 4

Post em atualização. Volte em alguns minutos

Francês

Segundo a Profª Gilda Gama, a prova foi difícil como de costume. Apesar disso, foi uma prova factível para os candidatos que se prepararam com constância e qualidade, afirma a professora. 

Confira o áudio da professora: 

Entenda melhor conferindo as questões abaixo: 

Resumo em francês

Versão em francês

Neste ano, foi muito importante que o candidato não se desestabilizasse ao ver o autor e a data do texto da versão. […] Isso é o que a gente tem que controlar, ter essa frieza diante do texto. 

Gilda Gama

Espanhol

De forma geral, a prova de Espanhol foi complexa, com algumas particularidades, mas dentro dos padrões esperados, afirmou a Profª Alejandra Bermúdez.

Confira o aúdio da Profª Alejandra: 

Agora, seguimos para impressões adicionais sobre a prova: 

Resumo em espanhol

Para aqueles que estudaram, para aqueles que se prepararam, o texto não tinha grandes dificuldades. […] Tivemos um texto com marcadores textuais organizadores. Enfim, foi um texto justo.

Alejandra Bermúdez. 

Versão em espanhol

O assunto principal, o carro chefe da versão, foi pronomes. 

Alejandra Bermúdez.

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