Como foi a prova da ABIN 2018?


Amigos do Clipping, estamos já carregando as questões, a nossa equipe está mobilizada nos bastidores e a cobertura ao vivo da prova da ABIN já começou. Veja como foi a prova objetiva da ABIN 2018, que você pode acessar clicando no link abaixo:
- ➡️ Baixar prova objetiva da ABIN 2018
- ➡️ Veja abaixo também a prova discursiva!
Lembrando que:
- o gabarito e o ranking ATUALIZADOS estarão nesse link➡️ https://abin2018.clippingcacd.com.br/gabarito
⚠️ ? Compartilhe com seus amigos o link acima, quanto maior o número de participantes, maior é a precisão da nota de corte.
“Ah, Clipping, as estimativas da nota de corte são próximas da realidade?”
Sim. No CACD, por 2 anos consecutivos a estimativa do corte funcionou com precisão. Mas insistimos que esse sucesso na estimativa da nota de corte e do ranking se deve, em grande medida, ao fato que os candidatos ao CACD se mobilizaram para colocar sua nota e insistiram com os amigos que fizessem o mesmo compartilhando o link do Ranking nos grupos do facebook e de whatsapp (sem moderação!). É muito importante que haja essa mobilização por parte dos candidatos à ABIN para que consigamos ajudar a comunidade de candidatos à ABIN a estimar o corte. ?Compartilhe o link https://abin2018.clippingcacd.com.br/gabarito
O Clipping tem agora conteúdo para Polícia Federal?
Sim. A plataforma do Clipping, além da ABIN e Itamaraty, passará a contar com todo conteúdo que você precisa para estudar para o concurso da polícia federal a partir da próxima semana. Com 1 só assinatura você estuda para vários concursos, o da PF inclusive. ABIN e PF são concursos semelhantes? ? Saiba mais sobre Concurso Polícia Federal .
Link para a prova da ABIN 2018:
- Baixe o pdf da prova da ABIN 2018 neste link
- A prova discursiva está mais abaixo neste post
Qual foi a distribuição de pontos na prova da ABIN 2018?
A distribuição de pontos da prova da ABIN foi a seguinte:
- Português: 11 questões
- Inglês: 5 questões
- Espanhol: 5 questões
- Direito Administrativo: 16 questões
- Direito Constitucional: 7 questões
- Atividade de Inteligência: 11 questões
- Raciocínio Lógico: 6 questões
- História Mundial: 11 questões
- História do Brasil: 11 questões
- Geografia do Brasil: 11 questões
- Geografia Mundial: 11 questões
- Política e Segurança: 18 questões
- Direito Internacional Público: 18 questões
- Direito Penal: 10 questões
“Ah, Clipping esse número de questões contrariou expectativas?”
Sim e não. Se você não fez a prova, nós a disponibilizamos completa a prova da ABIN 2018 . Acesse e tire as suas próprias conclusões!
O peso dado pelo CESPE às questões de Política e Segurança (atualidades) foi grande. Esse aspecto já era aguardado. No entanto, em um primeiro momento, chamou atenção o peso dado pela banca às disciplinas de História do Brasil, História Mundial, Geografia do Brasil e Geografia Mundial que juntas somam cerca de 44 questões!
Qual será a nota de corte?
A nota de corte será dada após os candidatos preencherem o gabarito ( https://abin2018.clippingcacd.com.br/gabarito ) e posteriormente postarem suas notas ranking ( https://abin2018.clippingcacd.com.br/ranking ).
- Veja qual foi a nota de corte da ABIN no último concurso
Quantas pessoas terão a prova discursiva corrigida?
Pela relação da demanda candidato vaga divulgada pelo CESPE para o concurso da ABIN 2018, já conseguimos saber que teremos para o Cargo 1 – área 1 – Oficial de Inteligência
(clique para ampliar a imagem)?
Baseado nessa relação candidato por vaga, já sabemos quantos candidatos terão suas redações corrigidas.
- Número de correções para vagas de ampla concorrência: 1.013
- Número de correções para vagas reservadas para candidatos negros: 272
- Número de correções para vagas reservadas para candidatos com deficiência: 68
Para entender a nota de corte e o gabarito acesse aqui ➡️ https://abin2018.clippingcacd.com.br/gabarito
Prova discursiva ABIN comentada
Listamos abaixo as questões com os respectivos comentários do Prof. Marco Cepik, que foi o responsável pelo treinamento para as discursivas na plataforma do Clipping e a quem agradecemos por ter previsto 2 das 4 questões da prova discursiva. Dissertações foi um dos temas tratados com excelência pelo Prof. Cepik.
Comecemos pelas considerações gerais do Prof. Cepik:
Sobre a prova discursiva, como já se sabe, a dissertação (sobre os eixos estruturantes da ENINT) e uma das três questões (sobre ameaças transnacionais e suas implicações para a segurança interna no Brasil) foram diretamente antecipadas pelos textos e exercícios que preparamos no Clipping. As outras duas questões (uma sobre sistema partidário no período 1965-1979 e outra sobre agro-hidronegócio e impactos ambientais e sociais) foram menos diretamente relacionadas aos conteúdos de inteligência e segurança internacional.
Sobre a ENINT, lembro do texto 01 produzido para o Clipping, no qual buscamos conectar os conceitos fundamentais de inteligência, contrainteligência e operações com as disposições da PNI e da ENI:
Atendendo ao disposto pela PNI, a ENI identifica oportunidades e desafios para o fortalecimento das capacidades de Inteligência do Brasil. O documento define quatro eixos estruturantes, a saber: 1) Atuação em Rede; 2) Tecnologia e Capacitação; 3) Projeção Internacional; 4) Segurança do Estado e da Sociedade. Cada eixo foi desdobrado em dois ou três desafios, os quais também foram desdobrados gerando uma lista de 33 objetivos estratégicos com o propósito de priorizar e orientar os esforços do SISBIN. Os objetivos podem ser classificados como típicos de área meio (26) ou de área fim (07).
Comentário do Prof. Cepik sobre questão 1:
A questão sobre o sistema partidário na Ditadura Civil-Militar (1964-1985), especialmente sobre as origens, características e consequências do bipartidarismo (MDB e ARENA) entre 1965 e 1979, realmente era mais difícil de relacionar com qualquer dos textos e exercícios preparatórios que propusemos.
Neste sentido, pode ser considerada a grande surpresa da Prova Discursiva. Qualquer ilação sobre o que pode ter motivado a banca é especulativa.
A melhor linha de argumentação era a direta e objetiva, respondendo sem maiores juízos de valor (por exemplo, sem afirmar que o bipartidarismo é melhor ou pior do que o unipartidarismo ou o multipartidarismo).
Vale lembrar que, historicamente, os partidos políticos são instituições de mediação e representação entre a sociedade e o estado, principalmente por meio do que se chama de conexão eleitoral.
No caso do Brasil, caracterizado pelo que José Murilo de Carvalho chamou de “lenta e interrompida entrada do povo na política”, o bipartidarismo durante o último período autoritário foi uma forma do regime tentar controlar e canalizar uma participação crescente (em 1960 votaram 18% dos brasileiros e em 1980 votaram 47%, uma expansão de 161%).
Neste sentido, o Pacote de Abril de 1977 (regras favorecendo a ARENA) e a Lei Orgânica dos Partidos Políticos de 1979 (Lei 6.767), que restaurou o pluripartidarismo, mas com dificuldades para a organização de novos partidos, foram exemplos de tentativas institucionais de controlar a transição de regime e restringir a expressão da vontade popular por meio da conexão eleitoral direta e proporcional.
Comentário do Prof. Cepik sobre questão 2:
Sobre segurança, lembro do texto 05 (12/02/2018), sobre terrorismo:
Como parâmetros para nos posicionarmos como nação diante do fenômeno do terrorismo no mundo e no Brasil, reitero três conclusões formuladas em 2017: Primeiro, lembro que o terrorismo afeta desigualmente países e grupos sociais, não constituindo um fenômeno monolítico. Segundo, destaco que a percepção do terrorismo como ameaça global é desproporcional aos riscos reais de ocorrência de atentados. Terceiro, reitero a necessidade de evitar a confusão legal e conceitual do terrorismo com crime organizado, insurgência, tráfico de drogas, etc. Tal confusão gera desperdício de recursos escassos, perda de eficiência no combate ao terrorismo e erosão da legitimidade das instituições a médio prazo, a despeito de eventuais picos de aprovação popular diante de eventos de grande repercussão e emotividade.
A questão da relação entre poder, ameaças e segurança (internacional e institucional ou doméstica) também foi abordada nos textos 03 (22/01/2018), sobre Relações Internacionais, e 07 (26/02/2018), sobre segurança cibernética.
Comentário do Prof. Cepik sobre a questão 3:
No caso da questão sobre agro-hidronegócio, o mais próximo que chegamos foi debater a questão da energia no texto 08 (05/03/2018) e do futuro da Amazônia (29/09/2017). No caso deste último, vale destacar o seguinte trecho:
Em 2016 houve aumento de 27% na área desmatada (de 6.207 km2 em 2015 para 7.893 km2). (…) juntamente com o desmatamento, aumentaram outras formas de degradação dos recursos naturais, como queimadas, garimpagem ilegal, grilagem de terras e biopirataria da fauna e da flora. (…) segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), na Amazônia Legal ocorreram 48 dos 61 assassinatos em conflitos no campo (79%), 50 das 74 tentativas de assassinato (68%), 391 das 571 agressões físicas, 192 das 228 prisões e 171 das 200 ameaças de morte registradas (86%) em 2016.” Não obstante, é importante reconhecer que o foco da questão proposta era o conceito de agro-hidronegócio.
Vale citar um trecho de Cunha e Carvalhal (2014) para exemplificar um tipo de resposta possível:
“Para a produção agrícola no âmbito do agro-hidronegócio, todos (independentemente do patamar econômico) estão em busca de acesso à água a e a terra. Mesmo em climas com pluviometria regular (sem necessidade de irrigação), a busca por terra está ligada à água indiretamente, pois a produção, uma das essências da conquista da terra, só é possível com a utilização de recursos hídricos regulares, que sejam eles superficiais, subterrâneos ou pluviométricos. Em regiões de clima com pluviometria irregular, os territórios do agro-hidronegócio se constroem principalmente em locais aperfeiçoados para práticas de irrigação por meio de grandes obras hídricas, como represas, canais fluviais artificiais e, em raras exceções, a perfuração de poços tubulares. A expansão das regiões de desenvolvimento econômico no Brasil, desde a época do período colonial, iniciou-se em áreas com chuvas regulares e com abundância de recursos hídricos, como a zona da mata nordestina. Depois expandindo para o ciclo do Ouro, Café etc. Só com os perímetros de irrigação e outras obras hídricas, a linha desenvolvimentista se voltou para regiões com balanço hídrico negativo ou mesmo irregular, como é o caso do semiárido nordestino brasileiro. Não estamos apontando que a água é o recurso determinante para a expansão do agro-hidronegócio, contudo defendemos a ideia que ela se apresenta como elemento crucial junto à terra para exercer as funções de produção no campo. Por isso, não podem ser analisadas separadas quando se trata da expansão do capital agrícola e da agricultura camponesa. Portanto, acreditamos que um território para se desenvolver nesse modelo social prevalente, necessita obter a garantia da propriedade, acompanhada de uma vinculação direta ao usufruto da terra em comunhão com a água e o controle social do trabalho.” (páginas 76-77).
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