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Agenda 2063: A Esperança África

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Já imaginou o continente africano sem pobreza, sem guerras, próspero com o desenvolvimento sustentável, imperturbável e preservado, com uma governança democrática respeitando os direitos humanos e prestigiando inúmeras alianças com os países ao redor do mundo? Essa é a África que queremos, especialmente, os africanos. Afinal das contas, todos estes desejos estão na Agenda 2063 da Organização da União Africana

Surgimento da Agenda 2063

Você sabia que o Pan-Africanismo e a Organização das Unidade Africana apresentou grande influência na Agenda 2063? 

Há mais de 100 anos, o território alemão perdeu a Primeira Guerra Mundial. Como resultado, o Palácio de Versalhes, na França, foi o centro do acordo de paz entre os países vencedores. Du Bois, sociólogo e ativista americano, e outros líderes importantes da África, como: Kwame Nkrumah, Presidente de Gana (1960), Ahmed Sékou Touré, primeiro presidente da Guiné, Thomas Sankara, presidente de Burkina Faso (1983), concordaram que o cenário seria agradável para colocar a África como debate mundial. 

William Edward Burghardt “W. E. B.” Du Bois foi quem originou a ideologia do Pan-Africanismo. O seu maior objetivo constituía em atrair atenção mundial ao território africano. Consequentemente, houve o primeiro congresso pan-africano. O evento tinha como propósito discutir o futuro da África sem dependência do imperialismo colonial europeu. Por fim, o congresso definiu algumas premissas perante os apoiadores do pan-africanismo, como: 

• Auto-administração gradual das colônias africanas; 

Liberdade de Expressão; 

• Direito a terra e à educação. 

“Os líderes negros entendiam que África devia estar presente durante estas discussões e que as questões africanas tinham de ser apresentadas pelos próprios, de forma a garantir uma presença africana na ordem mundial do pós-guerra”, explicou DW Mamadou Diouf, professor de estudos africanos na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. 

Com o decorrer dos anos, outros congressos foram realizados e cada vez mais com novas participações. Em meio a esses eventos, concretizou-se a criação da Organização da União Africana, em uma conferência na Etiópia em 1963. Esta possui como objetivo a solidariedade africana, defendendo a soberania dos Estados africanos juntamente com integração econômica, política e cultural.

As Aspirações

A Agenda 2063 apresenta os princípios do pan-africanismo, sendo de anseio dos líderes da Organização da União Africana. Deste modo, a Agenda 2063 foi apresentada em abril de 2015, em Niamey, no Níger, pela União Africana acompanhada com o lema “A África que queremos”. 

O documento é composto por 14 iniciativas, subdivididas em assuntos como educação, infraestruturas, tecnologia, ciência e manutenção da paz e acompanha as mais de 70 metas estipuladas para o desenvolvimento futuro da África. Além disso, vejamos abaixo as principais aspirações contidas na declaração: 

1ª Aspiração 

“Uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável.” 

A primeira aspiração aborda questões de erradicação da pobreza e a prosperidade entre os cidadãos africanos. Também, sobre o padrão de vida da população, a qual, almejam ter acesso a educação sem distinção, bem-estar, atividades culturais e políticas, trabalhos dignos e oportunidades, investimento na ciência, a agricultura moderna e tecnológica e desenvolvimento sustentável. 

2ª Aspiração

“Um continente integrado; politicamente unido com base nos ideais do pan- africanismo e na visão do Renascimento da África.” 

Por sua vez, a segunda aspiração tem como matéria a liberdade, a independência política e a econômica. Além disso, desejam que a África seja mais unida, autossuficiente, pacífica, soberana e confiante. Por último, detalha a infraestrutura almejada pelo povo. 

3ª Aspiração

“Uma África de boa governação, democracia, que respeita os direitos humanos, justiça e estado de direito.” 

A terceira aspiração aborda o sonho de uma cultura universal com governação digna respeitando os direitos humanos, a justiça e Estado de Direito. A igualdade de gênero, acesso a preços acessíveis e a um poder judiciário imparcial deixando a corrupção e impunidade ao passado, também é uma das metas para atingir “a África que queremos.” 

4ª Aspiração

“Uma África pacífica e segura.“ 

Nesta aspiração é desejado que o continente africano tenha mecanismo e resolução pacífica. Na educação será proporcionado a cultura de paz para crianças e jovens. Com isso, o país testemunhara uma melhoria na segurança humana. Além disso, a África ficara livre dos conflitos armados, terrorismo, intolerâncias e outras práticas violentas. 

5ª Aspiração

“Uma África com uma forte identidade cultural, herança, valor e ética comuns.” 

A quinta aspiração possui uma grande influência da ideologia Pan-Africanismo e a história da África. Aspiram que haverá respeito pela diversidade religiosa e que os ideais do Pan-Africanismo irão consolidar no território africano. A cultura e patrimônios africanos serão repatriados e salvaguardo. Por outro lado, as mulheres e a juventude terão um papel muito importante para essa mudança. 

6ª Aspiração

“Uma África, onde o desenvolvimento seja orientado para as pessoas, confiando no potencial do povo Africano, especialmente na mulher e na juventude, e nos cuidados à criança.” 

A penúltima aspiração disserta sobre a participação do povo africano nas atividades políticas, econômicas, ambientais e culturais, com isso, tornará um país inclusivo. Deste modo, crianças serão prioridade e as mulheres terá capacidade de exercer todas atividades sem exceção, bem como, toda a violência contra esse grupo serão eliminadas. 

7ª Aspiração

“África como actor, unida, resistente, forte e influente e parceira a nível mundial.” 

A última aspiração finaliza com ideias de influências e parcerias da nação africana com os demais países ao redor do mundo. Assim, ambiciona-se que a África assumirá postos políticos, econômicos, sociais e de segurança a nível mundial e terá relações mais próximas com os órgãos internacionais. 

Metas Fundamentadas nas Aspirações

Você sabia que o documento vai além das aspirações? Pois bem, existe as metas de curto prazo que tem o propósito de estimular a efetivação das aspirações até 2063, como exemplo: 

Até 2020 todos os indícios de colonialismo no país africano deveriam ser abolidos e, com isso, os territórios estarão libertos com autodeterminação que tanto almejam. Inclusive em 2020, todas as armas devem ser silenciadas. 

Cúpula União Africana

Ainda até 2030 deve haver uma integração política, sendo esta com circulação de pessoas diante do continente, juntamente, com a elaboração de instituições continentais e uma total integração econômica. Por fim, para 2045 as metas são baseadas no crescimento econômico, sendo o salto de 12% para 50% o aumento no comércio intra-africano e de 2% para 12% na atividade africana no comércio mundial. 

Como sugestão para maior compreensão do tema, temos o vídeo que pessoas abordam o que eles querem para o futuro da África. Portanto, é um vídeo em inglês, mas vale a pena assistir para ver como os cidadãos estão esperançosos com estas mudanças. 

Este post foi produzido por Beatriz Ghezi do Diário das Nações.

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